O Brasil é um grande país, com
potencial humano e recursos naturais suficientes para ser também uma grande nação,
justa, próspera, com igualdade de oportunidades para todos os seus filhos. Mas
essa não é hoje a nossa realidade.
Por falta de projeto, por erros
estratégicos, por uma visão elitista de alguns governantes, desprovida até
mesmo de compaixão pelos mais pobres, estamos hoje divididos, sofridos e em
crise. Crise moral, social, econômica, política e institucional. E como sempre,
quem paga a conta é o povo:
O número de desempregados no Brasil
dobrou entre 2014 e 2018, atingindo em maio deste ano 13,2 milhões de
brasileiras e brasileiros.
Outros 32 milhões de trabalhadoras e
trabalhadores estão na informalidade, trabalhando como podem, vivendo de bicos,
sem carteira assinada e sem qualquer proteção trabalhista. Pela primeira vez em
nossa história, temos mais trabalhadores sem registro formal de emprego do que
brasileiros com carteira assinada.
São quase 50 milhões de pessoas –
chefas e chefes de família, na maioria dos casos – vivendo de forma precária,
passando aperto e sacrifício, sem enxergar uma saída.
A crise deixou um rastro de fábricas
fechadas e desemprego. Entre 2013 e 2016, mais de 13 mil indústrias cerraram as
portas, dizimando cerca de 1,3 milhão de postos de trabalho, segundo o IBGE. Só
em São Paulo, mais de 4 mil indústrias encerraram suas atividades.
O Brasil perde indústrias como nunca
aconteceu em outro país que já tivesse um parque industrial consolidado. Em
1980, a indústria de transformação representava 33% do Produto Interno Bruto
(PIB). Hoje, não passa de 11% do PIB. Um terço do que era em 1980!
Sofrem também o Comércio e o setor de
Serviços, que empregam milhões e milhões de brasileiros de norte a sul. Entre
2013 e 2016, segundo o IBGE, cerca de 75 mil estabelecimentos fecharam em todo
o país.
Na esteira do desemprego, outros
números revelam o sofrimento das famílias. Hoje temos a triste marca de 63
milhões de brasileiros endividados e com o nome sujo no SPC e no Serasa. E 5
milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes em janeiro deste
ano, segundo o Serasa. As dívidas das médias e grandes empresas, por sua vez,
chegam a cerca de R$ 2 trilhões.
Quase todos os aspectos da vida
cotidiana brasileira refletem a crise. A crise está nos 62 mil homicídios
registrados só no ano de 2016. No elevado número de jovens do Ensino Médio que
abandonam a escola. No triste fato de que 28% dos brasileiros entre 18 e 24
anos não estudavam nem trabalhavam em 2017. Nas filas imensas dos que esperam
por uma consulta médica, exames, cirurgias e mesmo tratamentos mais simples,
como fisioterapia. Na falta de habitação decente, na ausência de saneamento
básico ainda para milhões, na carência de transporte moderno. No colapso das
contas públicas, com um rombo anual da ordem de R$ 500 bilhões, incluindo a
despesa com juros.
Não é possível construir um país
justo, feliz, forte e soberano sobre bases tão precárias. Precisamos mudar.
Precisamos criar um Projeto Nacional de Desenvolvimento capaz de unir o Brasil
que trabalha com o Brasil que produz. Capaz de fazer o país voltar a crescer e
a gerar empregos. Que nos permita alimentar e oferecer educação, saúde,
segurança, vida digna e felicidade para os 207 milhões de brasileiros que
formam esta grande nação.
Um Projeto Nacional de Desenvolvimento que devolva
ao nosso povo a confiança perdida e estabeleça um novo caminho para o Brasil!
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